Incontinência Urinária tem tratamento. Não sofra!
- Dra.Clicia Quadros
- 10 de set. de 2021
- 2 min de leitura
Artigo para a Revista Bem-Estar, do Diário da Região

Às vezes, um simples espirro, uma tosse ou até uma risada podem ser suficientes para deixar escapar um pouco de urina. Mulheres que convivem com a incontinência urinária costumam ter diversos impactos emocionais, o que normalmente afeta a vida pessoal e profissional. Saiba que perder urina não é normal, mesmo que seja um pouquinho! E sim, tem tratamento!
Segundo a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), os escapes de urina são duas vezes mais comuns no público feminino, atingindo cerca de 35% das mulheres com mais de 40 anos ou após a menopausa. Isso ocorre porque nesse período o organismo para de produzir estrógeno e progesterona, hormônios que contribuem para o tônus muscular. Consequentemente, os músculos do assoalho pélvico – que sustentam os órgãos internos femininos, como útero e bexiga – se enfraquecem, aumentando a probabilidade de perda urinária aos esforços como tossir, espirrar ou carregar peso, por exemplo.
O ganho de peso é um outro fator que leva as mulheres na menopausa a ter incontinência urinária. Nessa fase da vida, muitas mulheres tendem a ganhar peso como resultado das mudanças que ocorrem em seus corpos. Os músculos do assoalho pélvico suportam grande parte do peso corporal, e como eles estão fragilizados qualquer excesso de peso os tensiona ainda mais. Desse modo, eles não podem suportar a bexiga como deveriam, o que facilita a incontinência urinária.
Além disso, quando o declínio hormonal da menopausa é associado a outras comorbidades, como diabetes, hipertensão, aumento do peso ou sedentarismo, as chances de desenvolver incontinência urinária aumentam ainda mais! Isso tudo, leva a sensações desagradáveis, como escapes de urina ao tossir, espirrar ou até mesmo no ato sexual. Há casos de mulheres que perdem o sono por precisarem urinar várias vezes durante à noite.
Algumas mudanças de hábitos no estilo de vida podem ajudar a prevenir a incontinência urinária. Isso inclui o controle de ingestão de líquidos, programação para urinar, treinamento da bexiga e programação de intervalo de micções, perda de peso, parar de fumar, controlar hipertensão e diabetes. A incontinência urinária pode ser tratada por meio da terapia hormonal ou laser íntimo.
A terapia hormonal pode também atuar nos distúrbios de assoalho pélvico, como incontinência urinária de esforço, bexiga hiperativa, prolapso genital e infecções do trato urinário, pois a presença dos hormônios femininos é capaz de recuperar a tonicidade muscular da região.
Outro tratamento efetivo para incontinência urinária leve e moderada, é o laser ginecológico. Por meio da termoterapia (aplicação terapêutica de calor), realizada na parte interna do órgão genital, o laser atua de forma local estimulando a produção de colágeno na parede vaginal, o que melhora a sustentação da bexiga.
Mulher, não tenha vergonha de procurar ajuda para incontinência urinária. Como você viu, o problema tem solução e isso vai melhorar muito a sua qualidade de vida.
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